quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Robô YouCube soluciona cubo mágico em poucos minutos


Da redação
19/12/2007

A empresa Kawasaki apresentou ao mundo o seu robô YouCube, capaz de solucionar qualquer disposição do famoso Cubo de Rubik em poucos movimentos. O robô utiliza um sistema de visão artificial para detectar a posição de cada uma das etiquetas coloridas no cubo e um software especificamente projetado para desempenhar a tarefa.

Cérebro e braços

O YouCube é praticamente só "cérebro" e braços. Um monitor LCD faz as vezees de cabeça, mostrando a interação do robô com o problema a ser resolvido e o seu funcionamento. O aspecto rudimentar do restante do robô, tipo decoração de parque de diversões, não esconde o fato de que seu corpo é mesmo meramente decorativo - ele não é capaz de se levantar e sair andando, como os outros robôs japoneses com aspecto humanóide.

Visão artificial

O destaque do YouCube é o seu sistema de visão artificial, baseado em uma tecnologia proprietária da Kawasaki, chamado KiperH - Kawasaki High-speed Image Processing Equipment for Robot. O programa é uma implementação de inteligência artificial que consegue retirar das imagens geradas pelas câmeras a informação que é relevante para que o robô desempenhe sua tarefa.

O desempenho do programa é admirável. Quem trabalha em automação industrial, que exige o reconhecimento de padrões em imagens digitais, sabe a dificuldade de se calibrar um software para que ele detecte tão somente o contorno dos objetos. Detectar cores tão parecidas como aquelas presentes em um cubo mágico é um feito nada desprezível.

PC embutido

O software, que roda em um PC embutido no corpo do robô, não serve apenas para solucionar o Cubo de Rubik, mas para virtualmente qualquer outro trabalho que exija a manipulação, seleção e separação de objetos. Quando termina seu trabalho, o robô levanta os braços e comemora em voz alta, por meio dos sintetizadores de voz instalados no mesmo computador.

Cubo mágico

O recorde de velocidade do YouCube para solução do cubo mágico é de três minutos. Dois pesquisadores norte-americanos recentemente demonstraram que é possível resolver qualquer combinação do cubo em apenas 26 movimentos (veja Cubo Mágico é solucionado com 26 movimentos).

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Ferramenta open-source encontra erros em programas

Da redação
18/12/2007

Se cada correção de bug de um programa de computador tivesse que gerar um "recall", como acontece na indústria automobilística, por exemplo, as empresas de software certamente seriam as campeãs nesse indesejado ranking.

Os programas de computador não mudam de versão apenas para incorporar novos melhoramentos - na verdade, a maioria das atualizações ocorre para sanar erros das versões anteriores. A tarefa de encontrar erros em programas de computador é difícil, demorada e, principalmente, cara

Localizador de erros open-source

Mas o trabalho poderá ficar um pouco mais fácil, e mais barato, graças a uma nova ferramenta open-source criada por uma equipe de matemáticos e cientistas da computação do Instituto Nacional de Padronização e Tecnologia dos Estados Unidos.

Os pesquisadores analisaram travamentos em uma grande variedade de programas - de programas incorporados em equipamentos médicos até navegadores de internet. Os dados reforçam algo que já se sabia há tempos: a maioria dos erros e travamentos resultam de eventos simples e não de tarefas complicadas que os programas são capazes de fazer.

Mesmo os navegadores de internet, que trabalham simultaneamente com centenas de variáveis, a maioria dos travamentos foi causada pela interação de apenas duas dessas variáveis.

Teste combinatorial

A nova ferramenta localiza os erros do programa utilizando uma técnica de nova geração chama teste combinatorial. A técnica lembra a química combinatorial, na qual os cientistas pesquisam múltiplos compostos químicos simultaneamente, ao invés de procurar por um de cada vez.

Imagine um processador de textos que seja capaz de mostrar 10 formatos de texto diferentes. Determinadas combinações de formatos - como acionar simultaneamente o itálico, o negrito e o subscrito - podem fazer o programa travar.

Testar todas as possíveis combinações dos 10 efeitos possíveis exigiria 1.024 testes. Entretanto, testar todas as possíveis combinações de quaisquer três efeitos exigirá apenas 13 teste. Se os testes forem selecionados adequadamente, as 10 diferentes variáveis permitem que se explore 120 combinações de "triplos" simultaneamente.

Beta-testers

O novo programa foi apresentado em uma conferência internacional de programação e deverá ser colocada em disponibilidade no início do próximo ano. Os pesquisadores inicialmente estão convidando desenvolvedores para atuar como testadores da versão beta.

O programa será disponibilizado no formato open- source, onde tanto o programa executável quanto o código-fonte podem ser livremente acessados e melhorados pela comunidade de usuários.


Bibliografia:
IPOG: A general strategy for t-way software testing.
Y. Lei, R. Kacker, D. R. Kuhn, V. Okun, J. Lawrence
International Conf. on Engineering of Computer-Based Systems Proceedings
2007
Vol.: pp 549-556
DOI: 10.1109/ECBS.2007.47

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terça-feira, 27 de novembro de 2007


Robô-mariposa integra cérebro biológico a robô Da redação
21/11/2007

Colocar inteligência nos robôs não é uma tarefa fácil. Dar-lhes visão é um pouco menos complicado, mas nem por isso algo simples de se fazer ou que tenha alcançado grande eficiência até agora.

Com base nessas constatações, engenheiros da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, resolveram partir para uma solução mais simples. Por que não conectar a um robô o cérebro e os olhos de um animal, aproveitando essas estruturas biológicas que a natureza levou milhões de anos para desenvolver a aprimorar?

Detectando movimento

A idéia deu resultados interessantes. O animal escolhido foi uma minúscula mariposa, que foi imobilizada no interior de um tubo plástico. Eletrodos conectados ao cérebro da mariposa capturam os impulsos elétricos gerados quando o inseto move seus olhos. Esses impulsos são passados para o computador do robô, que se move acompanhando o movimento dos olhos da mariposa.

Mesmo com um cérebro menor do que um grão de arroz, a mariposa tem uma capacidade de detectar movimentos que está muito além do que a mais avançada tecnologia da robótica atual permite fazer. Isso resultou em um robô altamente eficiente para acompanhar qualquer tipo de movimento.
Integração de cérebro e robótica

É mais um avanço nas pesquisas que procuram integrar cérebro e robótica, estudos que prometem um dia dar condições para que pessoas portadores de deficiências ou vítimas de acidentes possam controlar equipamentos apenas com seus pensamentos.

Embora usando uma "mariposa inteira", o objetivo dos pesquisadores é chegar a utilizar apenas os neurônios individuais como sensores para os robôs do futuro. Para conhecer outros detalhes da pesquisa veja Biologia e eletrônica se mesclam para dar visão a robôs

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